sábado, maio 12, 2012

Pedaços de um celular quebrado...

Olho pela janela e vejo o tempo passar.
Ele não espera.
Torturante!
Aqueles que me acenaram ontem, 
não passaram hoje,
e avisaram que nem mesmo amanhã.


Esses meus olhos veem tudo,
até o que não lhes é bem visto,
bem quisto.


Daqui de cima vejo tudo
e não posso fazer nada.
Ou não quero fazer nada?
Ouço nada!
Sinto tudo!
Falo nada! 
Mudo. Fujo.


Vejo minha liberdade 
emaranhada pelas telas de proteção.
Tento a simpatia,
mas elas não liberam.


Volto pra casa.
A realidade logo abaixo é tão estranha.


Fecho a janela.
Durmo.
Enxergar, cansa!

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