Amanhã, 20 de Março de 2024,
completarei 30 anos. Há exatamente 12 anos estava lendo um jornal em minha
cidade e me deparei com uma matéria que me chocou. Havia uma lápide e nela
escrita: “Aqui jaz a educação da Bahia. – 100 dias de greve dos professores da
rede pública de ensino.” Nunca me esqueci!
Aquele 2012, previsto como o fim dos
tempos, não o foi, mas houve tantos fatos que despertaram a população
à reflexão e luta: greve dos policiais militares, dos rodoviários,
profissionais de saúde, professores das escolas pública e particular, escândalos
políticos, homofobia...
Hoje fui à banca de jornal do bairro
e procurei por aquele velho jornal que mexera tanto comigo. Ele estava lá com a
manchete, talvez, mais aguardada da nossa história: “Brasil, finalmente
deixamos de ser apenas o país do futebol para sermos o país número 1 em
educação!” Havia também outras notícias um pouco mais tímidas, mas que mereciam
grande destaque: “Divulgada a menor taxa de desemprego dos últimos 30 anos.” “95%
dos brasileiros entre 25 e 40 anos têm, pelo menos, a graduação”.
Fiquei extremamente feliz, porém não
tão surpresa, pois as mudanças foram perceptíveis. Nunca mais fui abordada por
crianças pedintes, não ouço falar de assaltos ou coisas do tipo, muito menos de
qualquer tipo de discriminação.
A solução para todos os nossos
dilemas sempre esteve aqui! Tardamos? Quiçá! Mas a encontramos. Pois bem,
nossos professores são a classe mais valorizada e respeitada atualmente. O sonho de todo bom pai! Nossos políticos vivem semelhantes aos
padres. São considerados “vocacionados” e se dedicam, exclusivamente, ao
exercício de suas funções.
O dia já está terminando, mas não
poderia dormir sem registrar tudo e agradecer a Deus por ter me permitido viver
para ver isso, e acredito que verei ainda mais. O tão aguardado futuro melhor já começou!
Ludy, em algum lugar, 19 de Março de
2024.
